ARNALDO DE ASSIS PRATA

(Piraúba, Estado de Minas Gerais, Brasil) 

arnaldoaprata@hotmail.com  

XI COLETÂNEA SÉCULO XXI  Homenagem ao escritor Gilberto Mendonça Teles nos seus 90 anos. Editor Jean Carlos Gomes.  Textos sobre o autor por Anderson Braga Horta, Irany Innocente Telles, Euripedes Leôncio Carneiro, Maria de Fátima Gonçalves Lima, Flávia Souza Lima, Luiz Otávio Oliani, Ricardo Viana Lima, Vicente Melo, Raquel Naveira, Jean Carlos Gomes,  Reynaldo Valinho Alvarez, Rosemary Ferreira de Souza, Rosimeire Soares. Tanussi Cardoso, Vicente Melo, Antonio Miranda, Olga Savary e Alexei Bueno. Volta Redonda, RJ: Gráfica Drumond, 2021.  138 p. 

        SONHO DE CRIANÇA NO PAÍS DAS MARAVILHAS

        I
Sonhando percorri a terra, o céu, o mar e as ilhas
Em fantásticas águias voando ao país das maravilhas.
Seu sol é o que mais brilha, das artes, é a mais bela,
Sua lua é que prateia o rosto da Cinderela.
              

        II
Príncipes e princesas, pássaros em coral
Fadas deslumbrantes, o mais lindo visual.
Carruagens emocionantes, o sítio do pica-pau,
O lobo era manso. Não era mais lobo mau.

III
Palhaços que saltavam com o bico papão.
Tinha a magia por dentro, alegria por anfitrião,
Eram os mais engraçados e animados foliões
A branca de neve brincava de roda com os anões.

IV
A bruxa misteriosa jogava bola como um campeão.
A galera gritava viva o Brasil Viva a nossa seleção!
Ela era o Maradona, era o Messe, Neymar e Pelé.
Foi de novo campeã e o Garrincha dando olé.

        V
No país das maravilhas, é ali que mora o amor...
No sorriso de Deus não se via tristeza nem dor...
Lá não tem pandemia. Podemos sonhar e amar...
E cantar! Ciranda cirandinha vamos todos cirandar.

        CÉU DO MEU PEITO

I
Alcei minhas asas ao vento
Das natureza, voei no teu leito
Para no Olimpo, lá no templo,

       II
De Zeus, te roubei em um dossel.
Com astúcia, te busquei ainda pura.
Para Zeus, deixei uma taça de fel,
Para que ele sinta a dor da clausura.

III
Teus seios eu beijei carinhoso
Na longa caminhada incerta.
Sobre eles, embebi airoso
Na volúpia da noite secreta.

IV
Ah! Deliciei-me do teu aroma,
Enrolei-me nos teus cabelos.
Dos teus lábios a vasta gama
Dos teus beijos, senti solvê-los.

V
Ah! Deixa me sorver esse desejo.
O teu adorno doce infinitamente...
E nele ter tudo que agora eu vejo...
Dilate a noite, teu beijo docemente.

*

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Página publicada em junho de 2021